sexta-feira, 15 de março de 2013

Obediência



Após interrogar-se sobre o que teria levado os militares alemães a matarem milhões de judeus, Stanley Milgram, no inicio da década de 70, desenvolve uma experiência que consistia em testar o quão somos obedientes e as razões porque o somos.
Para realizar tal experiencia eram necessários voluntários de diferentes idades e grupos socioecómicos. Seguiam as instruções que lhes eram dadas, sendo por  isso necessário activar uma descarga elétrica proveniente de um gerador que, supostamente, emitiria choques de 15 a 450 volts, dependendo do numero de respostas erradas e da obediencia ou não das ordens a que estavam a ser submetidos.
As razões utilizadas pelos obedientes, isto é, pelos que obedeciam a todas as ordens, eram muito semelhantes: afirmam que não tiveram escolha, que, simplesmente obedeciam a ordens e, que por isso a responsabilidade era de quem as exercia. Nunca de quem obedecia. 

Na minha opinião, a experiencia de Stanley Milgram ilustra de forma clara o quanto podemos ser obedientes. Durante a vida social, são várias as ordens que temos de aceitar e nos sentimos na obrigação de cumprir. Começam no seio da familia, depois na escola, e, mais tarde, no emprego que exercemos. Através desta experiencia, comprovou-se que existe um elevado numero de pessoas que aceitam as ordens sem se opor e sem motivo aparente, mesmo quando sabem que podem haver consequências. Isto acontece, talvez porque assim não se sentem responsáveis pelas ações que cometem, visto que a figura de autoridade se responsabiliza pelas consequencias dos seus atos. 

Ana Cláudia

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