quinta-feira, 14 de março de 2013

Legalização de Drogas Naturais: Um exemplo de Inconformismo


A luta pela legalização de drogas naturais, como a cannabis, é um movimento típico de inconformismo.
Inconformismo é a atitude de não seguir o que está socialmente estabelecido em determinada situação.
Esta luta começou em meados do século XX, quando a maioria dos governos de todo o mundo criaram leis quanto ao uso, posse, cultivo, transferência e comércio da marijuana, no entanto em alguns países toleram e descriminalizam o seu uso e/ou cultivo em quantidades limitadas pelos governos.
O consumo de drogas naturais tem aumentado exponencialmente ao longo das últimas quatro décadas, curiosamente desde a sua proibição e só na última década o consumo e tráfico cresceu quatro vezes em relação à década transacta.




Alguns argumentos dos defensores da legalização:



  • São registadas em média 85000 mortes causadas pelo álcool ao ano, 5800 por cafeína e 2390 por cocaína, nenhuma por Canábis
  • São necessários mais que 800 cigarros de canábis para matar alguém, e a causa ainda seria por asfixia de monóxido de carbono, e não pelo THC (delta-9-tetrahidrocanabinol - princípio activo do canábis), o que reforça a estatística de que não existe um registo sequer de morte pelo uso da erva. É completamente impensável alguém morrer por consumir canábis
  • A marijuana é considerada um analgésico importantíssimo em fase pós-enfarto cerebral ou qualquer outra condição clínica associada a um quadro importante de dor crónica
  • Apesar de existirem medicamentos mais eficazes, pacientes de quimioterapia preferem o uso da planta de canábis para evitar náuseas e vómitos, por não causar efeitos colaterais desconfortáveis;
  • É um importante recuperador de apetite para pessoas que sofrem de Sida, cancro e anorexia, bem como outras doenças que causam a perda do mesmo
  • A erva é responsável por quase metade do lucro gerado pelo tráfico, uma vez que é a droga ilícita mais consumida no mundo. Por sua vez a maior parte do dinheiro no combate ao tráfico destina-se à canábis.
  • É completamente absurdo pensar que a erva é porta de entrada para o uso de novas drogas (e mais viciantes), é simplesmente um produto natural e com menor grau de vicio entre todas as drogas
  • Em média os governos gastam 100 milhões de euros por ano no combate às drogas. O que poderia ser revertido em escolas, hospitais, área de lazer, ou tudo aquilo que podemos enquadrar como bens colectivos.
  • A fibra da Cannabis, de longe, é a fibra mais resistente do planeta, podendo ser utilizado em vários sectores industriais, inclusive como substitutivo do tão cobiçado petróleo.
  • A Erva é uma droga leve, não pode ser comparada com a cocaína e o crack, heroína entre outras. A primeira coisa que o cidadão deve ter em mente ao discutir o abuso de substâncias estupefacientes, é justamente o grau de perigo que cada droga possui.

Plantação de cannabis


Pessoalmente, sou a favor da legalização, não por ser consumidor mas por considerar um produto natural com efeitos, talvez, menos prejudiciais que o tabaco e o álcool. Defendo sobretudo pelo dinheiro investido no combate que até agora parece ter sido totalmente em vão, visto o aumento do consumo e tráfico nos últimos quarenta anos. A maior parte desse dinheiro poderia servir para investir em algo que fosse útil para a maior parte dos cidadãos, sem deixar de combater o consumo de drogas mais pesadas e químicas. 
Muitos também defendem que o cultivo de canábis é ideal na luta contra a desertificação.




Deixo aqui um video de um dos maiores defensores da legalização da Marijuana em Portugal:




Nuno Ribeiro



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