domingo, 17 de março de 2013

Diversidade cultural



A diversidade cultural é a característica mais saliente da sociedade humana, cada cultura é única e contem um património riquíssimo, com valores únicos, com milénios de história.


Nenhuma cultura e inferior ou superior a qualquer outra, todas as culturas são formas genuínas de encarar o mundo e de viver humanamente de acordo com uma tradição que dá sentido ao mundo.

O único limite à liberdade cultural dos povos é o respeito pelos direitos humanos.

Toda a gente tem o direito de pertencer a uma cultura independentemente de como ela é.

As pessoas têm o dever de respeitar as diferentes culturas e as diferentes raças pois somos todos iguais simples seres humanos.



Paulo Oliveira

sexta-feira, 15 de março de 2013

Percepção

É a função cerebral que atribui significado a estímulos sensoriais, a partir de histórico de vivências passadas. Através da percepção um indivíduo organiza e interpreta as suas impressões sensoriais para atribuir significado ao seu meio. Consiste na aquisição, interpretação, seleção e organização das informações obtidas pelos sentidos. A percepção pode ser estudada do ponto de vista estritamente biológico ou fisiológico, envolvendo estímulos elétricos evocados pelos estímulos nos órgãos dos sentidos. Do ponto de vista psicológico ou cognitivo, a percepção envolve também os processos mentais, a memória e outros aspectos que podem influenciar na interpretação dos dados percebidos.

Na psicologia, o estudo da percepção é de extrema importância porque o comportamento das pessoas é baseado na interpretação que fazem da realidade e não na realidade em si. Por este motivo, a percepção do mundo é diferente para cada um de nós, cada pessoa percebe um objeto ou uma situação de acordo com os aspectos que têm especial importância para si própria.

Muitos psicólogos cognitivos e filósofos de diversas escolas, sustentam a tese de que, ao transitar pelo mundo, as pessoas criam um modelo mental de como o mundo funciona. À medida que adquirimos novas informações, nossa percepção se altera. Diversos experimentos com percepção visual demonstram que é possível notar a mudança na percepção ao adquirir novas informações. As ilusões de óptica e alguns jogos, como o dos sete erros se baseiam nesse fato. Algumas imagens ambíguas são exemplares ao permitir ver objetos diferentes de acordo com a interpretação que se faz. Em uma "imagem mutável", não é o estímulo visual que muda, mas apenas a interpretação que se faz desse estímulo. Assim como um objeto pode dar margem a múltiplas percepções, também pode ocorrer de um objeto não gerar percepção nenhuma: Se o objeto percebido não tem embasamento na realidade de uma pessoa, ela pode, literalmente, não percebê-lo.


O processo de percepção tem início com a atenção que não é mais do que um processo de observação seletiva, ou seja, das observações por nós efetuadas. Este processo faz com que nós percebamos alguns elementos em desfavor de outros. Deste modo, são vários os fatores que influenciam a atenção e que se encontram agrupados em duas categorias: a dos fatores externos (próprios do meio ambiente) e a dos fatores internos (próprios do nosso organismo).

Os fatores externos mais importantes da atenção são a intensidade (pois a nossa atenção é particularmente despertada por estímulos que se apresentam com grande intensidade e, é por isso, que as sirenes das ambulâncias possuem um som insistente e alto); o contraste (a atenção será muito mais despertada quanto mais contraste existir entre os estímulos, tal como acontece com os sinais de trânsito pintados em cores vivas e contrastantes); o movimento que constitui um elemento principal no despertar da atenção (por exemplo, as crianças e os gatos reagem mais facilmente a brinquedos que se movem do que estando parados); e a incongruência, ou seja, prestamos muito mais atenção às coisas absurdas e bizarras do que ao que é normal (por exemplo, na praia num dia verão prestamos mais atenção a uma pessoa que apanhe sol usando um cachecol do que a uma pessoa usando um traje de banho normal).

Os fatores internos que mais influenciam a atenção são a motivação (prestamos muito mais atenção a tudo que nos motiva e nos dá prazer do que às coisas que não nos interessam); a experiência anterior ou, por outras palavras, a força do hábito faz com que prestemos mais atenção ao que já conhecemos e entendemos; e o fenómeno social que explica que a nossa natureza social faz com que pessoas de contextos sociais diferentes não prestem igual atenção aos mesmos objetos.


A percepção pode ser "enganosa", pois de certo modo, por vezes faz-nos ver algo "irreal" ou apenas "brinca" com a nossa mente. Para o demonstrar, deixo um vídeo com algumas demonstrações sobre o quanto a percepção humana se pode deixar influenciar.



Luís Moreira nº25





" Estereótipo "


Pode-se definir estereótipo como sendo um conjunto de generalizações, ou pressupostos, que as pessoas fazem sobre as características ou comportamentos de grupos sociais específicos ou tipos de indivíduos. O estereótipo é geralmente imposto, segundo as características externas, tais como a aparência (cabelos, olhos, pele), roupas, condição financeira, comportamentos, cultura, sexualidade, sendo estas classificações nem sempre positivas que podem muitas vezes causar certos impactos negativos nas pessoas.
Em alguns casos, ideias estereotipadas são bem-vindas como, por exemplo, a frase “Brasil, o país do futebol”. Esta frase demonstra a paixão que os brasileiros têm em relação ao futebol. Obviamente, que existem brasileiros que não gostam de futebol, porém é uma ideia estereotipada que não causa impactos negativos. No entanto, existem ideias estereotipadas sobre outras nações que são preconceituosas, como por exemplo, afirmar que “todo o homem de raça preta é delinquente”. Essa generalização não é vista com bons olhos por estes, uma vez que a maioria é uma pessoa absolutamente normal, com uma vida calma, e sem destabilizar ninguém. O fato é que muitos estereótipos são geralmente adquiridos na infância sob a influência dos pais, familiares, amigos, professores e através da media. E quando um estereótipo é aprendido e armazenado no cérebro, a tendência é que seja passado para outras pessoas.


Podemos ainda, classificar os estereótipos em:

Estereótipos de género: são estereótipos direccionados ao género masculino e feminino. Antigamente ouvia-se muito que o papel da mulher era casar, ficar em casa e ter filhos e o homem era visto como o provedor financeiro e tinha que focar em sua carreira. Hoje estes estereótipos já não são tão predominantes como era há alguns anos atrás. Felizmente a mulher conquistou seu espaço no mercado de trabalho, e consegue fazer perfeitamente o seu papel de cuidar dos filhos e da casa, como também cuidar de sua carreira profissional. Os homens hoje, também não são tão cobrados na questão financeira, uma vez que suas parceiras ajudam nas despesas, e são ótimos auxiliares na arrumação da casa. Outros estereótipos de géneros muito comuns são aqueles que dizem que as mulheres são melhores para cozinhar do que os homens. No entanto, os melhores chefes de cozinha do mundo são homens. Há ainda aqueles estereótipos que dizem que “os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor”, “mulher no volante perigo constante”, e outros estereótipos que estão associados ao preconceito.

Estereótipos raciais e étnicos: são estereótipos direccionados a diferentes etnias e raças. Nesta categoria existem muitos estereótipos preconceituosos como aqueles que dizem “os colombianos são traficantes”, “os muçulmanos são terroristas”, “os índios são violentos”, “todos os alemães são prepotentes”, “os portugueses são burros” e outros menos impactantes como “angolanos são os melhores corredores do mundo”, “os negros são melhores no basquetebol . Neste tipo de estereótipo ainda incluem aqueles relacionados ao racismo que é o tipo de preconceito mais frequente em nosso país.

Estereótipos sócio-económicos: são estereótipos relacionados com a questão financeira de indivíduos e grupo de indivíduos. Exemplos: “Os mendigos são mendigos por opção”, “os sem-terra são preguiçosos”, “patricinhas são mesquinhas”, entre outros.

Existem também estereótipos no meio profissional, direccionados a certas profissões, estereótipos em relação à opção sexual (gays, lésbicas e bissexuais), estereótipos no mundo da estética, e ainda aqueles muito comuns em escolas como os “nerds”, que são alunos que se destacam pela sua inteligência e pelo seu jeito introvertido.

                                                                                         Marta Teixeira


"Sem a música, a vida seria um erro."



  O conceito de música define-se como “a arte de conjugar sensível e logicamente uma combinação de sons e silêncios” – isto no sentido literal da palavra – porém, a música, é muito mais que isso como todos sabemos.
 Hoje em dia, onde quer que estejamos, a música está sempre presente. Esta arte tem a capacidade de mudar o nosso estado de espírito (tristeza para alegria ou o inverso, por exemplo), recordar bons e os maus momentos, unir-nos a pessoas, lembrar-nos de lugares… e também contribui para o desenvolvimento do ser humano (como já foi provado por vários especialistas).
 Atrevo-me a dizer que nesta fase da minha vida (juventude, portanto), a música tem um papel crucial. Penso que não existe nenhum jovem (ou se existe é uma ínfima parte) que passe um dia sem ouvir uma canção, seja ela de que estilo for. Estilos musicais!? Pois... o rock, pop, blues, jazz, country, hip-hop, reggae, clássica, funk e tantos outros.  Aqui mostra-se a diversidade (que é indiscutível) e de certa forma a qualidade (que depende do ponto de vista de cada um, pois claro!) desta maravilha. E é mesmo “na qualidade” que reside a discussão. 
 Ora, a qualidade de cada “estilo musical” é muito relativa (se bem que temos uma certa tendência para achar o contrário). Então porquê? Da mesma forma que, numa determinada sociedade com uma certa cultura, um comportamento pode ser certo e este último noutra sociedade com outros valores e princípios é errado, também na música, cada um, pode rotular “o boa música” e a “má música”, parece-me razoável, não? Sendo assim, temos é que aceitar e respeitar as escolhas musicais de cada um, esperando que façam o mesmo connosco.
  Sendo assim, é absolutamente indubitável a importância desta arte na nossa sociedade. Há toda uma complexidade nela que a distingue de cultura para cultura, de sociedade para sociedade. Estamos perante uma riqueza a nível cultural, uma mais-valia para o Homem e é impossível dispensá-la da nossa vida. Por essa mesma razão, para mim (e para toda a Humanidade, presume-se) a frase citada por
Friedrich Nietzsche faz todo o sentido: "Sem a música, a vida seria um erro."
Teresa 

Psicologia do Futebol




Tal como os factores físicos, tácticos e técnicos, os factores psicológicos são também um factor de treino, porque as capacidades psicológicas são treináveis, são passíveis de serem desenvolvidas e optimizadas com o treino adequado, tal como as capacidades físicas, tácticas e técnicas.
A maior distinção entre os factores psicológicos e os restantes está possivelmente relacionada com o facto de só há relativamente pouco tempo se ter atribuído a devida importância àquilo que é a Psicologia do Futebol.
As capacidades psicológicas sempre estiveram presentes no futebol. Tanto nos treinadores e jogadores de antigamente como nos da actualidade. E no passado como no presente, quem as domina e treina melhor está mais perto do sucesso e do alcançar dos seus objectivos. No entanto, só recentemente e mesmo assim, e numa quantidade reduzida, existem clubes, treinadores e jogadores a considerarem o factor psicológico como mais um factor de treino. Nem mais nem menos importante do que os restantes.
O treino dos factores psicológicos baseia-se em aspectos científicos (a psicologia é uma ciência social que estuda o comportamento humano) e fazem parte dos factores de treino psicológico capacidades como a motivação, confiança, concentração, regulação da activação psicológica, regulação da agressividade, regulação do stress, dinâmica de grupo, coesão de grupo, liderança e comunicação.



A anseidade é um dos comportamentos que um futubolista tem, normalmente em jogos de grande importancia.
Esta ansiedade é um conjunto de reações fisiológicas e cognitivas que são interpretadas como uma emoção pelo jogador.A reação de ansiedade frente a uma situação ameaçadora não provoca nenhum dano ao organismo, mas um estado de superativação emocional crônica é problemática, quando o indivíduo superestima o perigo e subestima os recursos pessoais.
Aumento no batimento cardíaco, eriçar de pêlos, aumento da frequência respiratória, rigidez muscular e diminuição na acuidade visual são algumas das principais reações fisiológicas que aparecem diante de situações de ansiedade. Na esfera cognitiva temos: diminuição da capacidade de manter a atenção difusa (em vários estímulos ao mesmo tempo), diminuição da concentração (manter a atenção em um estímulo por um período de tempo alongado), aumento do tempo de reação (normalmente relacionado a insegurança), aumento de respostas de antecipadas (normalmente mal calculadas), aumento da agressividade, vontade de fugir da situação vivida e sensações de medo, angústia ou desespero.




“Defendo a globalização do trabalho, a não separação das componentes físicas, tácticas, técnicas e psicológicas, pelo que o lado psicológico é fundamental.” (José Mourinho, 2004)


Gil Soares

Obediência



Após interrogar-se sobre o que teria levado os militares alemães a matarem milhões de judeus, Stanley Milgram, no inicio da década de 70, desenvolve uma experiência que consistia em testar o quão somos obedientes e as razões porque o somos.
Para realizar tal experiencia eram necessários voluntários de diferentes idades e grupos socioecómicos. Seguiam as instruções que lhes eram dadas, sendo por  isso necessário activar uma descarga elétrica proveniente de um gerador que, supostamente, emitiria choques de 15 a 450 volts, dependendo do numero de respostas erradas e da obediencia ou não das ordens a que estavam a ser submetidos.
As razões utilizadas pelos obedientes, isto é, pelos que obedeciam a todas as ordens, eram muito semelhantes: afirmam que não tiveram escolha, que, simplesmente obedeciam a ordens e, que por isso a responsabilidade era de quem as exercia. Nunca de quem obedecia. 

Na minha opinião, a experiencia de Stanley Milgram ilustra de forma clara o quanto podemos ser obedientes. Durante a vida social, são várias as ordens que temos de aceitar e nos sentimos na obrigação de cumprir. Começam no seio da familia, depois na escola, e, mais tarde, no emprego que exercemos. Através desta experiencia, comprovou-se que existe um elevado numero de pessoas que aceitam as ordens sem se opor e sem motivo aparente, mesmo quando sabem que podem haver consequências. Isto acontece, talvez porque assim não se sentem responsáveis pelas ações que cometem, visto que a figura de autoridade se responsabiliza pelas consequencias dos seus atos. 

Ana Cláudia

Aculturação



Aculturação é um termo criado para designar as mudanças que podem acontecer numa sociedade perante a sua fusão com elementos culturais externos.
Generalizando a aculturação é sempre um fenómeno de imposição cultural. Não só se trata de aculturação quando duas culturas são absorvidas uma pela outra formando uma nova cultura diferente, mas também quando existe absorção de uma cultura pela outra, onde essa nova cultura terá aspectos da cultura inicial e da cultura absorvida, não destruindo a identidade social e local dessa cultura.
O processo de aculturação tornou-se mais evidente a partir dos Descobrimentos, devido à colonização de certas regiões.



Hoje em dia a aculturação é considerada proveniente de uma necessidade de informação e busca de aspectos culturais por parte de vários povos. Trata-se de um processo de aquisição que ocorre por meio de vários grupos de culturas diversas, permitindo que indivíduos de uma cultura aprendam o comportamento, as tradições de indivíduos de outra cultura.
É errado pensar que uma cultura desaparece por completo após sofrer influências de outra cultura, a cultura morre com o seu povo e muitas vezes, até se fortalece com a união com outras culturas.
Na minha opinião a aculturação dá-se porque nenhum povo consegue viver constantemente isolado, assim recorre á cultura, processo dinâmico em constante formação e expansão, para interagir. 




Marta  Vilela

quinta-feira, 14 de março de 2013

A vida de uma criança selvagem


“Será preciso admitir que os homens não são homens fora do ambiente social, visto que aquilo que consideramos ser próprio deles, como o riso ou o sorriso, jamais ilumina o rosto das crianças isoladas.”
                                                                               Lucien Malson, “Les Enfants Sauvages”



O filme “L’Enfant Sauvage d’Averyon” (O Menino Selvagem de Averyon), de Fraçois Truffaut, baseado num caso verídico, relata a história de uma criança de onze ou doze anos que foi capturada num bosque, tendo vivido afastada da sua espécie e ficando depois à guarda do Dr. Jean Itard.
 “O menino Selvagem“ quando foi capturado, andava como um quadrúpede, tinha hábitos anti-sociais, órgãos pouco flexíveis e a sensibilidade embotada, não falava, não se interessava por nada e a sua face não mostrava qualquer tipo de sensibilidade. Toda a sua existência se resumia a uma vida puramente animal.

 Assim, o seu isolamento condicionou a sua aprendizagem futura que, além do mais, deveria ter sido realizada durante a sua infância (época em que o seu cérebro apresentaria mais plasticidade, existindo uma facilidade de aprendizagem, socialização e interiorização dos comportamentos característicos da sua cultura).
 Desta forma, o menino selvagem não só tinha que lutar contra o seu passado como contra a idade avançada para uma aprendizagem, muito provavelmente, sua desconhecida, sendo esta a razão porque, segundo Itard, “para ser julgado racionalmente, (o menino selvagem de Averyon) só pode ser comparado a ele próprio”. 


 Na minha opinião o Homem nasce inacabado e ao nascer numa sociedade específica aprende os valores, as normas, as crenças, os comportamentos dessa mesma sociedade, sendo, portanto, constantemente influenciado e moldado pelo tipo de cultura em que se irá desenvolver. Como se verificou com o desenvolvimento do menino selvagem que não foi sujeito a nenhum processo de socialização durante a infância, altura da vida em que a plasticidade cerebral atinge o seu auge e, portanto, cresceu sem cultura, sem qualquer tipo de regras ou crenças à volta das quais deveriam reger-se os seus comportamentos.
 Por todas estas razões, sermos humanos é mais do que pertencermos a uma espécie de seres com determinada biologia e estrutura corporal, é um processo que engloba todos os tipos de interações sociais, dependendo dos diferentes contextos sociais e culturais particulares, onde aprendemos formas de ser e de nos comportarmos.


Para além deste caso,existem muitas outras crianças que vivem neste contexto social:

 
 
 
 
                                                                                                                 Ana joão nº3 12º A

A relatividade cultural



     A cultura não passa da conjunção de diversos elementos, tais como, conhecimentos, crenças, valores, leis, normas, formas de expressão, costumes, práticas sociais… Assim sendo, não há homem sem cultura e nem todos os homens têm a mesma cultura, dando-nos conta da universalidade e da diversidade cultural.

    O homem é um elemento importante para a cultura, pois, este “é um produto e um produtor de cultura”. A cultura é fundamental na criação do ser humano, na medida em que é o agente da sua construção, a cultura vai influenciar a forma como cada um pensa, sente e se comporta o que nos mostra que ele é um produto mas, por outro lado, é um produtor já que é um transmissor e transformador, porque este tem o livre arbítrio de tomar as suas decisões sobre o que é certo ou errado, e o que será ou não melhor para si, transformando assim o meio em que vive, adaptando-se a ele e adaptando-se a si.

    A cultura varia no espaço e no tempo, varia de lugar para lugar, varia com épocas e momentos históricos o que compromete a universalidade e diversidade cultural, o que nos leva a concluir que a cultura evoluiu podendo esta ser por mudanças sociais ou por contactos com outras culturas, esta ultima designada por aculturação. A nossa e qualquer cultura atual não passa de contínuos processos de aculturação.
Filipa Faria


A IGREJA (a mentira do sonho)
Ao final de um dia, faço zaping pelos canais televisivos e deparo-me em todos eles com a notícia sobre a eleição do novo Papa e começo a pensar sobre o assunto e adormeço … Questionamo-nos vezes sem conta sobre os mistérios da igreja, o seu aparecimento, o seu realismo, o seu misticismo, a sua importância e influencia no passado e no presente e em Roma presencio uma conversa entre dois religiosos, e um deles o mais novo questiona o outro, eis que falam do mais alto degrau da igreja, DEUS! Quem é esta personagem? Verdadeira ou mítica? Eu diria que o seu aparecimento foi a maior e mais bem concebida mentira de todos os tempos, inicialmente para dar esperança a um povo oprimido e sem futuro, e para o qual esta divindade alteraria brutalmente o futuro desse e consequentemente mais tarde toda a humanidade. Verificamos que a sua existência não é consensual, para quem acredita será sempre um ato de fé, pois o seu realismo está envolvido numa atmosfera não palpável, ou seja, uma auréola imaginária e que pede ao nosso cérebro (limitado para esse exercício) compreensão da sua aceitação, pois quando confrontado com dados científicos, a sua teoria não consegue ter uma fundamentação, ou seja, nunca conseguiu provar a sua existência. Por outro lado temos homens da ciência que acreditam num Deus, o que pensar? Volto há ideia inicial, Deus e Religião é para os fracos!!! Porque, quando não se consegue provar cientificamente que este  Deus existiu ou existe, e mesmo assim, quando nos vemos numa situação para a qual somos impotentes para a sua resolução, aí entra a Igreja, a Fé aparece do nada, para se transformar na tábua salvadora para esse nosso problema. Mas esta mentira, contém ul lado bom, num mundo cada vez mais sem rumo, ou melhor descontrolado, em que as leis dos homens, já não causam tanto temor ao ser humano, entra a lei Divina, e o medo de ser castigado após a morte, vai influenciar o seu comportamento terrestre, tipo, porta-te bem segundo as leis de Deus e serás recompensado, equilibrando assim a balança do Bem e do Mal. A Igreja é o PODER maior deste planeta, pois consegue manipular todo o ser humano, na forma física e mental, mesmo o que não interage com a Igreja, acaba sempre por ser vitima da mesma, pois não acreditando é impotente para fazer valer a sua opinião, pois nunca poderá sair vencedor num ato em que as provas cientificas não são a base para a sua creditação, como alterar as suas convicções quando estas por base o misticismo. Ainda durante o sono, acordo num imenso campo verde rodeado de criaturas semelhantes a mim, ou seja, eu sou um cordeiro, e por cima do campo, está uma personagem que irradia luz e que nos vigia e controla, eu acordei de um pesadelo e serei castigado pelos meus pensamentos, ainda que os mesmos tenham sido num estado em que dormia. Mas esta personagem, um Homem, ou um Deus, ou Diabo, decidirá o rumo da nossa existência após a nossa morte, num mundo de milhões, com milhões de individualidades, milhões de personalidades, milhões de tudo, como poderá ele saber como foi na realidade a forma como me portei na minha vida terrestre? Não é importante, o mundo não sabe, mas após a morte terrestre, vamos para o tal campo, em que a tal personagem é ao mesmo tempo Deus e Diabo, este campo está rodeado de lobos, e delimitando no seu espaço, no qual não podes passar os limites impostos por essa divindade e este com poderes absolutos castiga-te e sem direito a recurso. O mundo como o conhecemos antes e depois da morte é igual, apenas difere no espaço e no tempo e nas personagens dominadas e dominantes, até que o despertador dá sinal, são 7:30 …. Que sonho, vamos mas é trabalhar, vamos mas é trabalhar para tornar esta vida o melhor possível, pois a próxima … bem!

Diogo Pollery.




Voando sobre um ninho de cucus


     Este filme estreou-se em 1975 , realizado por Milos Forman conta também com a participação nos papeis principais do inimitável e carismático Jack Nicholson e de uma magnifica interpretação de Louise Fletcher.


     O filme começa com a entrada do criminoso de carreira R.P. Macmurphy(Jack Nicholson)  no hospital psiquiátrico que servirá de cenário a quase toda a história. A chegada ao hospital não se deve a loucura, mas sim a uma tentativa de escapar à prisão alegando insanidade mental. A partir do momento em que é internado  Macmurphy  começa a conhecer ,  os outros pacientes com quem partilha aquela ala e apercebe-se imediatamente de que é não mais do que a enfermeira Ratched que comanda aquela ala com pulso de ferro, e que a loucura é irrelevante na estadia lá porque depois de entrar todo o dia a dia e o tipo de tratamento a que são sujeitos os doentes fazem quase que uma destruição da autonomia, do bom senso e da liberdade dos mesmos, tornando-os assim dependentes do tratamento, a partir do momento que Mac se apercebe deste facto ele vai entrar em conflito sempre que possível com a enfermeira, desde  tentar arranjar tempo para ver o World Series de basebol , até “raptar” os pacientes e leva-los a uma volta pelo mar, ele vai estar sempre na sua postura desafiadora em relação à politica do estabelecimento , no entanto quando descobre que é praticamente o único que se encontra ali obrigado e que todos os outros estão la voluntários revolta-se com eles e relembra-lhes que não são mais loucos do que todas as pessoas que andam na rua, são apenas e tratados de forma a acreditar que sim , e já no final formula um plano para escapar aquele sítio mas não segue com o plano e acaba por ficar , quando é apanhado é transferido para uma outra ala onde e submetido a um tratamento que lhe “mata” o espirito, tornando-o quase vegetal o seu colega e confidente o Chefe (que finge surdez e mudez durante todo o filme revelando-se a Mac já numa parte final ) acaba-lhe com o sofrimento de viver aprisionado num corpo em que a sua mente e os seus ideiais já não estão presentes sufocando-o com uma almofada.



      Esta é uma visão muito geral, dum filme que eu considero fabuloso pelo modo como ele nos transmite uma mensagem importantíssima acerca do modo como aquilo que nos rodeia pode influenciar a nossa opinião acerca de nós próprios e de como essa opinião pode de facto alterar-nos. O facto de ser um eterno criminoso a fazer coisas tão positivas por pessoas aparentemente marginalizadas sensibilizou-me também muito , pelo que este filme serve para fazermos uma reflexão própria acerca da nossa própria situação , e lembrar-nos que não importa aquilo que possuímos fisicamente, porque o momento em que percamos a nossa identidade, o nosso livre arbítrio, a no autonomia perderemos a nossa liberdade e sem ela nada do que possuirmos nos vai compensar o vazio de estar limitado , preso, de nos vermos destituídos da nossa condição humana e acho que acima de tudo é um bocado desta mentalidade que se vê a esvanecer nos tempos que correm…  


Hugo Pacheco

Legalização de Drogas Naturais: Um exemplo de Inconformismo


A luta pela legalização de drogas naturais, como a cannabis, é um movimento típico de inconformismo.
Inconformismo é a atitude de não seguir o que está socialmente estabelecido em determinada situação.
Esta luta começou em meados do século XX, quando a maioria dos governos de todo o mundo criaram leis quanto ao uso, posse, cultivo, transferência e comércio da marijuana, no entanto em alguns países toleram e descriminalizam o seu uso e/ou cultivo em quantidades limitadas pelos governos.
O consumo de drogas naturais tem aumentado exponencialmente ao longo das últimas quatro décadas, curiosamente desde a sua proibição e só na última década o consumo e tráfico cresceu quatro vezes em relação à década transacta.




Alguns argumentos dos defensores da legalização:



  • São registadas em média 85000 mortes causadas pelo álcool ao ano, 5800 por cafeína e 2390 por cocaína, nenhuma por Canábis
  • São necessários mais que 800 cigarros de canábis para matar alguém, e a causa ainda seria por asfixia de monóxido de carbono, e não pelo THC (delta-9-tetrahidrocanabinol - princípio activo do canábis), o que reforça a estatística de que não existe um registo sequer de morte pelo uso da erva. É completamente impensável alguém morrer por consumir canábis
  • A marijuana é considerada um analgésico importantíssimo em fase pós-enfarto cerebral ou qualquer outra condição clínica associada a um quadro importante de dor crónica
  • Apesar de existirem medicamentos mais eficazes, pacientes de quimioterapia preferem o uso da planta de canábis para evitar náuseas e vómitos, por não causar efeitos colaterais desconfortáveis;
  • É um importante recuperador de apetite para pessoas que sofrem de Sida, cancro e anorexia, bem como outras doenças que causam a perda do mesmo
  • A erva é responsável por quase metade do lucro gerado pelo tráfico, uma vez que é a droga ilícita mais consumida no mundo. Por sua vez a maior parte do dinheiro no combate ao tráfico destina-se à canábis.
  • É completamente absurdo pensar que a erva é porta de entrada para o uso de novas drogas (e mais viciantes), é simplesmente um produto natural e com menor grau de vicio entre todas as drogas
  • Em média os governos gastam 100 milhões de euros por ano no combate às drogas. O que poderia ser revertido em escolas, hospitais, área de lazer, ou tudo aquilo que podemos enquadrar como bens colectivos.
  • A fibra da Cannabis, de longe, é a fibra mais resistente do planeta, podendo ser utilizado em vários sectores industriais, inclusive como substitutivo do tão cobiçado petróleo.
  • A Erva é uma droga leve, não pode ser comparada com a cocaína e o crack, heroína entre outras. A primeira coisa que o cidadão deve ter em mente ao discutir o abuso de substâncias estupefacientes, é justamente o grau de perigo que cada droga possui.

Plantação de cannabis


Pessoalmente, sou a favor da legalização, não por ser consumidor mas por considerar um produto natural com efeitos, talvez, menos prejudiciais que o tabaco e o álcool. Defendo sobretudo pelo dinheiro investido no combate que até agora parece ter sido totalmente em vão, visto o aumento do consumo e tráfico nos últimos quarenta anos. A maior parte desse dinheiro poderia servir para investir em algo que fosse útil para a maior parte dos cidadãos, sem deixar de combater o consumo de drogas mais pesadas e químicas. 
Muitos também defendem que o cultivo de canábis é ideal na luta contra a desertificação.




Deixo aqui um video de um dos maiores defensores da legalização da Marijuana em Portugal:




Nuno Ribeiro



quarta-feira, 13 de março de 2013

A memória e o esquecimento




Pode-mos definir memória como o processo dinâmico que consiste na codificação, armazenamento de conteúdos mnésicos ou de informação. Se perdêssemos a memória deixaríamos de ser quem somos, porque o que somos e o que fomos depende da nossa memória. A memória torna-nos únicos, assegurando a nossa identidade pessoal. Não há conhecimento sem memória. Sempre que passamos por uma determinada experiência, cada um dos elementos da mesma é registado no cérebro em várias áreas cerebrais, com diferentes códigos. 

Podemos classificar a memória em dois tipos distintos: a memória a curto prazo e a memória a longo prazo.
Memória de curto prazo. É a memória com duração de alguns segundos ou minutos. Neste caso existe a formação de traços de memória. O período para a formação destes traços chama se "Período de consolidação. Um exemplo desta memória é a capacidade de lembrar eventos recentes que aconteceram nos últimos minutos.
Memória de longo prazo. É a memória com duração de dias, meses e anos. Um exemplo são as memórias do nome e idade de alguém quando se reencontra essa pessoa alguns dias depois. Como engloba um tempo muito grande pode ser diferenciada em alguns textos como memória de longuíssimo prazo quando envolve memória de muitos anos atrás.

Mas à medida que avançamos na nossa idade vamos esquecendo algumas memórias da nossa vida. A psicologia chama-lhe esquecimento, mas quais são as causas do esquecimento?
O esquecimento é um processo inerente à memória e não uma doença. Sem o esquecimento, muita informação inútil, desagradável e conflituosa não seria afastada, o que perturbaria a nossa adaptação à realidade.
Concluindo, o conhecimento ocupa lugar. A memória é como uma caixa em que quando está cheia, o esquecimento vai permitir que novos conhecimentos sejam adquiridos. 


Pedro Costa

Será dormir apenas uma necessidade de descanso?

Não, durante o sono ocorrem vários processos metabólicos que, se alterados,  podem afetar o equilíbrio de todo o organismo a curto, médio e, mesmo, a longo prazo. Estudos provam que quem dorme menos do que o necessário tem menor vigor físico, envelhece mais precocemente, está mais propenso a infeções, à obesidade, à hipertensão e a diabetes.

Um estudo realizado pela Universidade de Stanford, nos EUA, indivíduos que não dormiam há 19 horas foram submetido a testes de atenção. Constatou-se que eles cometeram mais erros do que pessoas com 0,8 g de álcool no sangue (quantidade equivalente a três doses de whiskey). Igualmente, tomografias computadorizadas do cérebro de jovens privados de sono mostram redução do metabolismo nas regiões frontais (responsáveis pela capacidade de planejar e de executar tarefas) e no cerebelo (responsável pela coordenação motora). Esse processo leva a dificuldades na capacidade de acumular conhecimento e alterações do humor, comprometendo a criatividade, a atenção, a memória e o equilíbrio.






O sono e as hormonas
A longo prazo, a privação do sono pode comprometer seriamente a saúde, uma vez que é durante o sono que são produzidas algumas hormonas que desempenham papéis vitais no funcionamento de nosso organismo. Por exemplo, o pico de produção da hormona do crescimento (também conhecido como GH, de sua sigla em inglês, Growth Hormone) ocorre durante a primeira fase do sono profundo, aproximadamente meia hora após uma pessoa dormir. 
 
 
 
Qual é o papel do GH? Entre outras funções, ela evita a acumulação de gordura, melhora o desempenho físico e combate a osteoporose. Estudos provam que pessoas que dormem pouco reduzem o tempo de sono profundo e, em consequência, a fabricação da hormona de crescimento.
A leptina, hormona capaz de controlar a sensação de saciedade, também é secretada durante o sono. Pessoas que permanecem acordadas por períodos superiores ao recomendado produzem menores quantidades de leptina. Resultado: o corpo sente necessidade de ingerir maiores quantidades de carboidratos.


Com a redução das horas de sono, a probabilidade de desenvolver diabetes também aumenta. A falta de sono inibe a produção de insulina (hormona que retira o açúcar do sangue) pelo pâncreas, além de elevar a quantidade de cortisol, a hormona do stresse, que tem efeitos contrários aos da insulina, fazendo com que se eleve a taxa de glicose (açúcar) no sangue, o que pode levar a um estado pré-diabético ou, mesmo, ao diabetes propriamente dito. Num estudo, homens que dormiram apenas quatro horas por noite, durante uma semana, passaram a apresentar intolerância à glicose (estado pré-diabético).
Mas qual é a quantidade ideal de horas de sono? Embora essa necessidade seja uma característica individual, a média da população adulta necessita de 7 a 8 horas de sono diárias. 
Falando em crianças, é especialmente importante que seja respeitado um período de 9 a 11 horas de sono, uma vez que, quando elas não dormem o suficiente, ficam irritadiças, além de comprometerem o seu crescimento (devido ao problema já mencionado sobre a diminuição da hormona de crescimento), a aprendizagem e a concentração.
Se alguém, adulto ou criança, dorme menos que o necessário, sua memória de curto prazo não é adequadamente processada e a pessoa não consegue transformar em conhecimento aquilo que foi aprendido. Em outras palavras: se alguém - adulto ou criança - não dorme o tempo necessário, tem muita dificuldade para aprender coisas novas.

Riscos provocados pela falta de sono a curto prazo: cansaço e sonolência durante o dia, irritabilidade, alterações repentinas de humor, perda da memória de fatos recentes, comprometimento da criatividade, redução da capacidade de planejar e executar, lentidão do raciocínio, desatenção e dificuldade de concentração.

Riscos provocados pela falta de sono a longo prazo: falta de vigor físico, envelhecimento precoce, comprometimento do sistema imunológico, tendência a desenvolver obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e gastro-intestinais e perda cronica da memória. 
 
 


Vitor Alves 
  

A Grande Maquina

            O cérebro é a melhor, mais rápida e sofisticada que existe na Natureza.
Tudo no corpo e controlado pelo cérebro, os sentidos, os pensamentos, atos voluntários / involuntários, batimento cardíaco. É impressionante como ele faz isto tudo e nos na nossa “realidade” não damos por nada, apenas fazemos a nossa vida a nossa rotina. Quando essas áreas são afetadas, para assegurar a sobrevivência e conforto do seu portador, o cérebro tem uma capacidade de compensar as áreas lesionadas, (a velocidade dependendo da idade), mas todos conseguem, não com tanta eficácia, mas compensam as áreas afetadas com algum treino e preexistência.
Essas áreas lesionadas afetam os nossos movimentos e as vezes ate o nosso comportamento, mas o cérebro contem células com o "potencial para recuperar as zonas que foram lesionadas, deslocando-se para as zonas onde houve degeneração"
Eu tenho uma grande admiração e fascínio no assunto de descobrir como funcionam todos estes milhões de neurónios, e as espantosas capacidades que Grande Maquina nos oferece!



                                                                                           Eduardo Azevedo nº10