A etologia é o estudo do comportamento, baseado na zoologia. Os etologistas estudam a base evolucionária e o desenvolvimento dos comportamentos inatos dos animais, como por exemplo uma aranha conseguir fazer a sua teia sem os pais a ensinarem. Eles também estudam as formas de comunicação e interação social entre animais.
Entendemos como comportamento animal, um conjunto de respostas que tem um
animal aos estímulos do seu meio ambiente. Algumas respostas são gerais para todos os animais, como é o caso da alimentação e da reprodução, mas a sua execução varia para cada espécie e pode realizar-se de maneiras muito diferentes.
Outros dos estudos do comportamento animal são baseados na psicologia, focando aspetos como o comportamento apreendido e comportamento do ensinamento dos animais.
As bases da psicologia comportamental foram descobertas graças aos exprimentos de Edward Thorndike, um dos mais influentes pesquisadores do comportamento animal. Thorndike desenvolveu um conjunto de " caixas quebra-cabeça" para observar como os animais aprendiam a fugir do confinamento.
A CAIXA DE THORNDIKE
Uma caixa de madeira com travas e alavancas que deveriam ser acionadas para abrir a porta e deixar o gato sair, essa era uma das caixas mais famosas elaborada por Thorndike para estudar o comportamento animal. Apesar de ter testado vários animais (cães, galinhas, etc), o seu exprimento mais famoso foi realizado com gatos.
Ao ser colocado pela primeira vez na caixa, o gato mostrava sinais evidentes de desconforto e um impulso em escapar, tentado se expremer através de qualquer abertura mordendo as barras e os fios. Depois de algum tempo (10 minutos), o animal acabava acidentalmente puxando o fio e baixando a alavanca que abria a porta. Ao fazer isso, o gato conseguia sair e encontrava um prato repleto de comida á sua espera.
Ao analisar os dados de centenas de exprimentos, Thorndike descobriu que as ações mal sucedidas era esquecidas, enquanto que o comportamento particular que levou o gato a abrir a caixa continuava a ser lembrado. Assim, Thorndike supôs que a aprendizagem acontecia em resposta às rescompensas que o gato recebia por ter feito um ato específico, neste caso, acionar uma alavanca, ou puxar um fio, e abrir a porta.
O gato que já havia conseguido sair da caixa, ao ser recolocado na mesma caixa, imediatamente agarrava o fio e baixava a alavanca, abrindo a saída.
Com isto Thorndike conclui que, não havia uma "inteligência prévia" que fizesse com que o gato analisasse a situação e chegasse a uma conclusão. Muito pelo contrário, o gato tentava de tudo e quando, algo dava certo ele lembrava-se desse comportamento específico. A aprendizagem acontecia de modo sequencial, o gato que já havia aprendido a sair de uma caixa acionada por fios ou alavancas, conseguia sair por outra com os mesmos mecanismos, mas não com um dispositivo diferente.
Depois de esta experiência foram feitas outras por outros cientistas, mas todos chegando á mesma conclusão que através de um determinado ato, com resultados positivos, o animal lembra-se desse ato específico, enquanto que o ato que não resulta é rapidamente esquecido.
Eu concordo com a teoria apresentada em que o animal não tem uma inteligência prévia, e que vai aprendendo a fazer determinadas coisas por tentativa erro, quando conseguir finalizar uma ação com sucesso, o animal tem a capacidade de memorizar o ato correto, e sempre que necessário repete-o. Ficamos com isto a perceber que a psicologia e comportamento animal não são inatos, mas sim apreendidos, ao longo do tempo e sempre que necessário.
Andreia Lopes
Quero saber do comportamento
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