Será que ao escolher o sexo e as características físicas dos bebés os pais tornar-se-iam mais felizes? Passariam a haver pessoas mais bonitas e saudáveis no mundo? E será correcto que os cientistas lidem com genes de embriões, mesmo que apenas seja para curar doenças genéticas?
Existem casais que não podem ter filhos porque um ou outro têm uma doença genética e é inevitável que os seus filhos tenham essa mesma doença e que até poderão morrer poucas semanas após o seu nascimento ou mesmo à nascença.
Porém, as técnicas utilizadas para alterar a constituição genética do embrião permitem que esses casais possam ter filhos saudáveis. Em contrapartida, se é verdade que todos os pais desejam sempre o melhor para os seus filhos, porque motivo não podem eles desenhar os seus próprios bebés? Recorrendo a estas técnicas, é possível evitar certas doenças genéticas, evitando-se também o sofrimento da criança e dos seus pais. E será que por via desta intervenção passará a haver famílias mais felizes? Existem também casais com filhos que sofrem de doenças sanguíneas graves, por exemplo, que recorreram às técnicas para seleccionar embriões ideais. Deste modo, puderem ter um segundo filho que depois foi doador compatível de sangue ou de medula óssea para o seu irmão ou irmã. Neste segundo caso, não só a segunda criança é saudável como também pode ajudar o irmão ou irmã a curar-se. Pessoas mais ligadas à religião abordam este assunto como não sendo ético e que vai contra a natureza de Deus. Eu, concordo que a escolha dos embriões deve ser feita apenas nos casos em que existem doenças genéticas, porque todos os pais têm direito a ter filhos saudáveis. Mas quando essa escolha tem por base características físicas bem definidas, como o sexo, ou a cor dos olhos, já sou contra, pois é totalmente diferente querer ter um filho saudável do que querer ter um filho com olhos azuis.
Gabriela Dias
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