sábado, 26 de janeiro de 2013

Neurogénese, por Shinya Yamanaka.




Yamanaka descobriu que células – tronco adultas podiam ser reprogramadas e voltar a ter características semelhantes às células tronco embrionárias (CTE).  Através de células da pele (fibroblastos)  e da ativação de alguns genes, Shinya conseguiu que células já diferenciadas voltassem a um estágio “pré-diferenciado” e passassem a comportar-se como células-tronco pluripotentes, ou seja, uma célula é induzida a perder a sua especialização e a voltar  a ser uma célula imatura semelhante à célula-tronco encontrada no embrião. Tais células foram chamadas de IPS (induced pluripotent stem-cells) e possuem a capacidade de dar origem a todos os tecidos.
Contudo, o lado “se não” de tais células é que elas não esquecem a sua origem, ou seja, se elas forem retiradas do fígado, por exemplo, irão diferenciar-se preferencialmente em células hepáticas, um comportamento diferente das CTE.
Por outro lado, os ensaios terapêuticos com células-tronco adultas vêm confirmando que elas não são capazes de regenerar neurónios. No caso de doenças neuromusculares ou neurológicas, a expectativa é que confiram uma neuroprotecção, isto é, ajudem a conservar os neurónios que ainda estão saudáveis.
Yamanaka, conseguiu ainda encerrar discussões éticas, pois ao utilizar células já adultas evita o uso de células embrionárias e a morte dos embriões.

Uma aplicação futura das IPS:
Uma das dificuldades no transplante de medula óssea hoje em dia para doenças como a leucemia é a falta de um doador compatível. Porém, “o homem” já conseguiu com sucesso pegar uma célula de pele e transformá-la em células IPS. Se futuramente se conseguir que tal célula se diferencie única e eficazmente em uma CT da medula, será possível findar com a falta de doadores, pois o doador será o próprio paciente a partir das células da sua pele, que serão induzidas a produzir células do sangue.

Bárbara Monteiro

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