terça-feira, 14 de maio de 2013

Violadores e Vítimas



Várias vezes deparamo-nos com situações muito más e repugnantes como as violações. Como sabemos os violadores misturam-se com a sociedade chegando a ter uma vida dupla até chegarem ao seu objectivo: tornarem-se pessoas amigáveis e de confiança. No entanto, geralmente são insensíveis à dor dos outros mas são seres inteligentes e astutos. Normalmente é-lhes identificado falta de emoções, egoísmo e intolerância à frustração porém, a sua capacidade de encanto faz com que manipulem os que os rodeiam. As suas famílias não sabem destas facetas ocultas da personalidade do violador pois este passa despercebido como uma pessoa normal, conseguindo disfarçar os instintos criminosos contra a integridade sexual.
           


Podemo-nos perguntar então porque é que há gente que se torna agressor sexual. Bem, a maioria teve uma infância com registos de maus tratos, abuso emocional ou pela privação de algo material. Normalmente desenvolvem uma personalidade com baixa auto-estima. Este prazer está ligado à actividade sexual, mas não esta sempre ligada à penetração
           


Geralmente é diagnosticado aos violadores um transtorno da personalidade anti-social (irresponsabilidade social, procura de situações de risco, explorador, propensão para o uso de álcool e drogas,…). A bioquímica cerebral destes mostra entre outros, um défice no neurotransmissor serotonina. Os estudos mostram que uma diminuição dessa substância no cérebro tem sido associada a actos impulsivos, impensados, agressivos, suicidas,... O cérebro do agressor parece ser internamente pouco activado, levando-o a procurar mais estímulos externos para se sentir bem.
            

Os violadores podem apresentar condutas desadaptadas como por exemplo a crueldade com os animais, a má adaptação escolar e o uso de armas. Na história de vida deles é frequente o acto de urinar na cama, incêndios e alcoolismo dos pais. Alguns podem fazer 150 vítimas durante sua vida, caso não sejam presos ou mortos. Cerca de 70% deles já praticaram outros crimes como assaltos, roubos e homicídios. Cerca de 61% têm menos de 21 anos. Muitos deles, durante o ato criminoso, têm, ao mesmo tempo, raiva e medo. Daí advém conduta confusa, na qual se misturam agressões e investidas sexuais. Durante o ataque, o agressor normalmente ameaça a vida ou a integridade da vítima ou dos familiares. Além disso, não é raro ele ejacular, defecar ou urinar na face ou corpo da vítima. Às vezes, introduz objectos no ânus ou na vagina desta.

As vítimas dos agressores sexuais vão, segundo os dados, desde os 15 meses até os 82 anos, sendo que a maioria delas encontram-se entre 10 a 29 anos. A estatura da vítima é geralmente menor que a do violador. Apenas cerca de 4% das vítimas facilitaram o acto, o que é uma taxa baixa quando comparada com as pessoas assassinadas durante este. Nestas, a percentagem chega a 22%. Apenas uma em cada quatro vítimas dá queixa à polícia. A maior parte ocorre dentro da própria casa da vítima e cerca de 7% dos violadores são parentes.

Concluindo este é um problema que já vem de à muitos anos mas para o qual não há à vista um fim. Toda a gente está vulnerável a este crime, infelizmente. 


Bebiana Costa nº6